Um procedimento experimental contra o câncer pode ser uma nova aposta para o tratamento da doença. A técnica consiste em “borrifar” a quimioterapia diretamente no tumor, como um aerossol. A quimioterapia em spray é realizada por meio de uma cirurgia minimamente invasiva e causa menos efeitos colaterais ao paciente, já que age somente no local do tumor – e não é injetada diretamente na corrente sanguínea, quando ataca as células saudáveis.
Por enquanto, a abordagem é indicada somente para o tratamento de pessoas com um tipo raro de câncer, o de peritônio, uma membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e os órgãos como o estômago, intestino, bexiga e útero. “Até o início dos anos 80 não havia qualquer expectativa de cura para o paciente com carcinomatose peritoneal que, na maioria dos casos, evoluía para o óbito em decorrência de complicações como a obstrução intestinal”, explica Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico do Hospital BP Mirante, em São Paulo. “Hoje, com o surgimento de outras técnicas, temos visto uma mudança, com possibilidades de aumento de sobrevida e melhor qualidade de vida”, completa.
Esse tipo de câncer evolui de forma silenciosa. Isso porque os sintomas são inespecíficos e difíceis de identificar. Quando os sinais tornam-se mais evidentes, geralmente, a doença já está em estágio avançado. Os principais sintomas são dores e inchaço no abdômen, que ocorre devido ao acúmulo de líquido no local.
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