Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, nesse domingo (18), no Haiti, após manifestações contra a corrupção e a impunidade, de acordo com a imprensa local.
A polícia confirmou a morte de uma pessoa em Cabo Haitiano, no norte, onde também há registro de vários feridos. Os meios de comunicação social locais, que citam fontes não identificadas, falam de outra vítima mortal.
Em Port-Au-Prince, a polícia disparou tiros e granadas de gás lacrimogêneo para tentar afastar os manifestantes que pretendiam chegar ao Parlamento. Durante os protestos, sob forte aparato policial, agentes e manifestantes se envolveram em vários confrontos, em diferentes localidades.
O movimento Petrocaribe Challenge, que nasceu nas redes sociais e já organizou numerosos protestos desde agosto passado, exige que o governo esclareça o tratamento supostamente fraudulento dos fundos Petrocaribe, do qual o Haiti beneficia há 12 anos.
O programa foi uma iniciativa do antigo presidente da Venezuela Hugo Chavez para permitir a vários países da América Latina e do Caribe adquirirem produtos petrolíferos a preços vantajosos e pagar as faturas no prazo de 25 anos e com uma taxa de juro de 1%. Em mensagem transmitida na televisão, o presidente do Haiti, JovenelMoise, defendeu que só "com união, paz e diálogo é possível avançar".
Para o líder da oposição, Moise Jean Charles, apenas com a saída de Jovenel Moise se resolverá o caso dos fundos Petrocaribe. "Jovenel tem que sair, não há outra opção, ele é um obstáculo para a estabilidade e a paz. Ele e os amigos gastam milhões de dólares quando vemos milhares a morrer à fome (...) Vamos continuar as manifestações até ele sair", declarou. Com informações da Lusa
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