Valeria afirma ter sido expulsa da reunião por seguranças a pedido de lideranças da legenda
Gilvan Marques**Do UOL, em São Paulo**Reprodução/YouTube/valeriamonteiro
Valéria Monteiro em um dos vídeos gravados para sua pré-candidatura à Presidência da República
Longe da televisão desde 2014, quando apresentou um especial no canal pago Viva, Valeria Monteiro não descarta a possibilidade de retornar à TV, depois de ter tido sua candidatura à Presidência da República frustrada este ano.
"Eu fiquei enojada com a política, mas acho que isso aconteceu porque eu levei para essa minha experiência uma indignação muito grande, que permanece", disse ao UOL, por telefone.
A candidatura não foi adiante porque o Partido da Mobilização Nacional (PMN) rejeitou em convenção nacional o nome da jornalista de 52 anos --primeira mulher a assumir a bancada do "Jornal Nacional". Na ocasião, Valeria afirma ter sido expulsa da reunião por seguranças a pedido de lideranças da legenda.
Passada a turbulência da pré-campanha, Valeria Monteiro diz que a sua experiência de dez meses no mundo político lhe ensinou como funcionam as "conexões entre os poderes".
"É a primeira vez que eu participo por dentro. Consegui ver quais eram as conexões dos poderes distintos. O mercado financeiro, por exemplo, tem uma força incrível, capaz de definir candidatos, que depois terão de se curvar a eles", afirma.
A apresentadora também não descarta a possibilidade de retornar à televisão, mas diz que não abrirá mão do ativismo político.
"Eu não estou na televisão já faz bastante tempo, mas se houver um convite vou ver qual a condição de compatibilizar as duas coisas. Preciso trabalhar e pagar as contas e quero muito também fazer ativismo político", admite Valeria, que mantém um canal no YouTube e está escrevendo um livro sobre a sua experiência como pré-candidata a presidente.
A jornalista se tornou âncora do "Jornal Nacional" no início da década de 90. Passou ainda pelo "Fantástico", "Jornal Hoje" e o "RJTV". Depois de deixar a Globo, foi morar nos Estados Unidos, onde passou nove anos. Trabalhou na WNBC, emissora da rede NBC em Nova York, e pelo canal Bloomberg, até que conseguiu uma vaga de roteirista em uma produtora independente.
Em 2002, ela voltou ao Brasil e passou a se dedicar a sua produtora em Campinas (SP).
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