Na Bahia, em média 60 mil famílias convivem com o vírus. O estado, com 1,8 mil diagnósticos entre 2012 e 2017 – o equivalente a cinco casos por semana – apresenta a maior incidência do país. As mulheres correspondem a 74,2% das infecções por HTLV de 2012 a 2017, segundo cálculo da Secretaria de Saúde da Bahia.
Em 2015, a porcentagem atingiu os 77%. As razões para maior incidência na parcela feminina são explicadas pelas próprias características do vírus, acreditam especialistas ouvidos pela reportagem, e pelos meios de transmissão. O aleitamento materno, mostra a Sesab, tem sido a principal via de infecção na Bahia.
O índice de infecção de mães infectadas para os bebês ocorre em até 30% dos casos, estima a Sesab. Acredita-se que o HTLV tenha desembarcado no Brasil direto de navios negreiros saídos da África Ocidental, de onde foram retirados à força a maioria dos escravizados. Hoje, as pesquisas são categorias ao afirmar: onde houve grande incidência de tráfico de escravos, é superior a presença do vírus.
É um dos porquês de a Bahia ser considerado o local com maior número absoluto de portadores de HTLV, seguido do Maranhão. Nos centros urbanos brasileiros, a infecção é estimada em menos de 1%, taxa que cresce para 1,8% na Bahia. Até hoje, são mais infectados negros em condição de vulnerabilidade social, de acordo com a Sesab. (Correio)
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