Um ano após a divulgação da "delação do fim do mundo" da Odebrecht, apenas um político foi condenado. Ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine recebeu pena de 11 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com os delatores da empreiteira, ele cobrou propina em troca de proteção depois de assumir a presidência da Petrobras em 2015. Bendine está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais, em Curitiba. Segundo reportagem de O Globo, dos 415 políticos de 26 partidos citados no acordo de colaboração, a maioria nem foi acusada formalmente. Há 270 investigações iniciadas a partir da delação, tendo apenas cinco delas se revertido em ações penais. Dentre os 74 casos que ficaram no Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria das investigações também não foi concluída. Apenas uma delas virou ação penal, que é o caso do senador Romero Jucá (PMDB-RR), acusado de receber R$ 150 mil em propinas da empresa em meio à tramitação de duas medidas provisórias. Embora também seja réu em um processo decorrente da delação – o das reformas no sítio de Atibaia –, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado em segunda instância no processo do tríplex do Guarujá, que não tem relação com a empreiteira. BN
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