Mesmo depois das impactantes delações de executivos da Odebrecht e JBS, pelo menos 14 tentativas formais de acordos de delação premiada relacionados à Operação Lava-Jato ainda estão em tramitação na Procuradoria-Geral da República. As negociações foram iniciadas durante a gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot e, agora, dependem de decisões da procuradora-geral Raquel Dodge, para serem levadas adiante.
Desde a posse de Dodge, em 18 do mês passado, o grupo de trabalho da Lava-Jato já analisou dez dos 14 pedidos. Em pelo menos quatro desses casos, os procuradores da equipe de Dodge já fizeram contatos com os advogados dos interessados, ou seja, as negociações foram retomadas. Outros quatro pedidos ainda estão pendentes de análise interna. As informações são d’O Globo.
Entre as tratativas de acordo, não concluídas na gestão anterior, estão os casos dos executivos da OAS. A empreiteira era um das cinco maiores do país até o início do escândalo. Eventuais revelações de seus executivos poderiam igualar em impacto as delações de executivos da Odebrecht. Pelo menos 40 executivos da OAS tentam obter benefícios em troca de revelações sobre corrupção.
Na semana passada, procuradores do Rio de Janeiro se reuniram com Dodge para conversar sobre acordos de colaboração firmados pelo Ministério Público no estado a partir da Lava-Jato, mas que ainda dependem de homologação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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