Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O ex-deputado Pedro Corrêa disse em acordo de delação premiada que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha "pleno conhecimento" de pagamento de propina no mensalão. Os recursos arrecadados junto a órgãos governamentais eram destinados à manutenção da base do governo, votando matérias de interesse do Executivo no Congresso. De acordo com o Estadão, Corrêa disse que a tese do caixa 2 foi discutida com Arnaldo Malheiros, então advogado de Delúbio Soares, e Márcio Tomaz Bastos em virtude da baixa pena do delito e da possibilidade de prescrição. "Então, para fechar a tese criada, foi comunicado a Lula de que o Arnaldo Malheis e Márcio Tomaz Bastos, que o PT e Marcos Valério admitiriam que o Banco Rural e o BMG tinham emprestado dinheiro a Marcos Valério, o qual teria repassado ao PT através de Delúbio Soares para pagar as contas do partido e resquícios das dívidas das campanhas eleitorais, sem contabilizar o dinheiro, formando um caixa 2", disse Corrêa na delação. Segundo anexos do acordo do ex-deputado do PP, Lula e José Dirceu comunicaram aos réus do mensalão a tese criada e disse "que todos poderiam ficar tranquilos". "As reuniões envolvendo o julgamento do mensalão eram periódicas entre os envolvidos, sendo que pelo menos duas reuniões foram realziadas no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula. As outras reuniões periódicas ocorriam nas casas de parlamentares envolvidos, com a presença de José Dirceu", acrescentou Corrêa. O deputado também disse, segundo o Estadão, que Lula aprovou a nomeação de Paulo Roberto Costa, condenado na Lava Jato, à Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Inicialmente, no entanto, o PP apadrinharia a nomeação de Rogério Manso, a pedido de Dirceu. Seria Manso o responsável pela arrecadação de propinas para o partido, mas duas reuniões depois o possível indicado teria se recusado a se comprometer com o PP. LEIA TUDO
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