por Ricardo Galhardo | Estadão Conteúdo
Na primeira reunião da comissão de ética criada pelo PT de Ribeirão Preto para dar início ao processo de expulsão do ex-ministro Antonio Palocci, na quarta-feira passada (27), os integrantes do colegiado decidiram suspender os trabalhos. O motivo é a carta de desfiliação enviada pelo ex-ministro, na terça-feira (26), à presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR). "No meu entender, a partir do momento em que ele pediu desfiliação do partido, a comissão de ética perde o seu objeto. O limite do partido são os filiados", disse o presidente municipal do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura. Segundo ele, o Diretório Municipal espera que a Direção Nacional do PT envie formalmente a carta para que o partido possa pedir a desfiliação de Palocci à Justiça Eleitoral de Ribeirão Preto, domicílio eleitoral do ex-ministro. De acordo com Tremura, Palocci já não participava ativamente do PT em sua cidade natal desde que foi nomeado ministro da Fazenda pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A sede do Diretório Municipal não tem nem sequer uma foto do ex-ministro na parede. "A base dele era São Paulo há muito tempo. Palocci vinha para Ribeirão esporadicamente, para votar nas convenções ou encontros do partido", disse Tremura. Para o dirigente, o PT local, que governou a cidade por duas vezes e hoje tem apenas um vereador, Jorge Parada, vai ter de se reconstruir a partir da derrocada do ex-ministro. "Palocci foi o maior prefeito da história de Ribeirão Preto. Isso ninguém pode negar. Agora vamos ter de nos reconstruir", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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