Foto: Divulgação
O deputado Arthur Maia (PPS-BA), eleito relator da comissão especial para análise da Reforma da Previdência, nessa quinta-feira (9), recebeu duas doações da Bradesco Vida e Previdência nas eleições de 2014. Segundo informações do UOL, o montante recebido por Maia chega a R$ 299.972, o que representa 8% do que o parlamentar declarou na campanha. As doações foram feitos ao PPS e repassados ao candidato, de acordo com a prestação de contas divulgadas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na época, essas doações ainda eram legais. A proibição para doações de empresas privadas só veio em 2015. De acordo com a publicação, Maia recebeu também doações de outras instituições financeiras, como os bancos Itaú Unibanco (R$ 100 mil), Santander (R$ 100 mil) e Safra (R$ 30 mil). "Eu não vejo, absolutamente, qualquer tipo de interesse conflitante que possa surgir a partir daí. Absolutamente nenhum", explicou Maia ao portal. Como as doações foram feitas dois anos antes de o governo Michel Temer (PMDB) elaborar a proposta da Reforma da Previdência, não era possível prever o envolvimento do deputado na relatoria da proposta. "Ao longo da minha vida, eu desafio alguém a dizer que eu tenha vinculado qualquer tipo de atuação política ou legislativa a favor de A, B ou C. Nunca existiu isso", ressaltou Maia ao ser questionado se havia conflito de interesses ao exercer a função. Ele declarou ainda que pretende ouvir o setor de previdência privada durante as discussões sobre a reforma na Câmara. A comissão tem até 40 sessões para votar a proposta, mas o presidente eleito, Carlos Marun (PMDB-MS) espera conseguir a aprovação antes do prazo determinado (veja aqui). BN
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