O ano de 2016 foi o pior dos últimos 9 anos para os reajustes salariais, segundo o Salariômeto, projeto da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a partir de dados do Ministério do Trabalho. Em meio à recessão e ao aumento do desemprego, quase metade (47,6%) das mais de 19 mil negociações salariais das diversas categorias de trabalhadores resultaram em reajustes abaixo da inflação, o maior percentual anual já registrado pelo levantamento, que tem início em 2008. Trata-se de uma reversão de uma tendência que vinha nos anos em que a economia brasileira ia bem e o país tinha pleno emprego. Até 2014, a grande maioria das categorias conseguia aumentos salariais acima da inflação. Em 2014, quando o pais ainda vivia uma situação de quase pleno emprego, apenas 4,3% das categorias fecharam aumentos abaixo da inflação, segundo a pesquisa da Fipe. O percentual de reajustes salariais abaixo da inflação no mercado formal em 2016 foi quase o dobro do registrado em 2015, quando 26% das negociações resultaram em aumentos de salários abaixo da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – indicador usado como principal referência para aos reajustes salariais. De acordo com o G1, menos de um terço (29,9%) das negociações fechadas no ano passado ficaram acima do INPC, ou seja, garantiram aumento real, e 22,5% ficaram iguais, repondo a inflação acumulada em 12 meses até a data-base de cada categoria.
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