A baixa alfabetização afeta 758 milhões de adultos no mundo, dos quais 115 milhões têm entre 15 e 24 anos. Esse público não sabe ler nem escrever frases simples, o que afeta negativamente sua participação e desempenho em programas de educação para jovens e adultos (EJA).
A conclusão é do 3º relatório global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) sobre Aprendizagem e Educação de Adultos. Lançado na última quarta-feira (15), na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o documento recebeu contribuições de 139 países que se disponibilizaram a participar da pesquisa da agência da ONU.
Dessas nações, 65% identificaram a falta de alfabetização como o principal fator que impede a aprendizagem e a educação de adultos de terem um impacto mais significativo sobre a saúde e o bem-estar de estudantes. Sessenta e seis porcento dos Estados-membros da UNESCO concordaram que iniciativas de alfabetização ajudam a promover valores democráticos, coexistência pacífica e solidariedade.
Outro problema identificado pelo relatório é a desigualdade de gênero: mulheres continuam representando 63% dos adultos com baixas habilidades de alfabetização e não têm as mesmas condições que os homens de ingressar em projetos de EJA.
Apesar deste cenário, a UNESCO aponta outro dado que descreve como “encorajador” — em 44% dos países pesquisados as mulheres participam mais da aprendizagem e educação de adultos do que os homens.
“É importante considerar que uma educação forte, com integração de jovens e adultos, em todos os temas, com a preparação voltada para os desafios do mundo de hoje, é um dos caminhos para se chegar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e da Agenda de Educação 2030”, afirmou a oficial de Programa do Instituto da UNESCO para a Aprendizagem ao Longo da Vida (UIL), Daniele Vieira, durante o lançamento. No Brasil, são 13 milhões de analfabetos
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