A Prefeitura de Itabuna ainda não pagou pelos serviços de saúde prestados ao SUS em dezembro e janeiro e a crise no sistema começa a se agravar, principalmente com a greve dos funcionários dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia. Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), a paralisação afeta 70% dos serviços da instituição responsável pelos hospitais Calixto Midlej Filho, Manoel Novaes e São Lucas.
“Mulheres grávidas já estão procurando atendimento em maternidades fora de Itabuna e cirurgias cardíacas estão sendo canceladas. Só retornaremos ao trabalho com o pagamento do salário”, afirma Raimundo Santana, dirigente do Sintesi. http://www.pimenta.blog.br
Os pagamentos pelos serviços prestados em dezembro deveriam ser feitos em janeiro e os do primeiro mês do ano, em fevereiro, observa Raimundo. “São valores relativos à prestação de serviços aos usuários do SUS, nas áreas de nefrologia, CTI, oncologia e cardiologia, entre outras, segundo a Santa Casa”, disse ele.
Os sindicalistas exigem medidas duras da instituição contra o município. Para eles, alguns atendimentos devem parar imediatamente até a quitação da dívida. “Ou a instituição, como tantas outras pelo país, acumulará déficit negativo e ficará inviabilizada”. Raimundo completa: “trata-se de uma bomba que pode explodir nas mãos dos trabalhadores. Isso não permitiremos”, conclui.
Diretor do Sintesi e membro do Conselho Municipal de Saúde, João Evangelista disse ter solicitado reunião de urgência para discutir a questão no plenário do Conselho. Ele disse que o sindicato é parte do controle social. Ainda segundo João, a direção do Sintesi solicitou audiência entre as partes no Ministério Público.
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