Relatório da Polícia Federal entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quarta-feira, 18, indica pagamentos irregularidades a três gráficas realizados pela campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014, na qual o atual presidente Michel Temer era vice. A PF afirma que há elementos que permitem concluir que parte dos valores oficialmente apresentados como pagamentos às gráficas "não foi, de fato, direcionada a essa atividade".
O documento faz parte da ação movida pelo PSDB que pede a cassação da chapa vitoriosa das últimas eleições presidenciais por abuso de poder político e econômico na disputa. A principal acusação é de que a campanha foi abastecida com dinheiro de propina desviado da Petrobras, suspeita negada pelas defesas de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
De acordo com o relatório, o dinheiro tinha como destino último, na verdade, pessoas físicas e jurídicas, além de fornecedores e subfornecedores, "em benefício próprio ou de terceiros".
A PF afirma ainda que há indícios de irregularidades não só na área eleitoral, como também na criminal. A corporação diz que identificou elementos que apontam para a "interposição de pessoas com a finalidade de ocultar ou dissimular" a origem e a movimentação de verbas.
As gráficas contratadas na campanha eleitoral de Dilma e Temer alvos de investigação realizada em dezembro do ano passado são: Rede Seg Gráfica, VTPB Serviços Gráficos e a Focal Confecção e Comunicação. O objetivo era verificar se as empresas tinham capacidade operacional para entregar os produtos.
Por meio de nota, o PMDB negou irregularidades. “O PMDB reitera que sempre recebeu doações de campanhas dentro das leis vigentes e que está à disposição para prestar as explicações aos órgãos competentes toda vez que solicitado”. O Palácio do Planalto afirmou que não vai se manifestar. A defesa da ex-presidente Dilma ainda não se manifestou. Conteúdo Diário do Poder
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