Conhecido cientificamente como Piaractus brachypomus, o pirapitinga, ou pacu negro, é um peixe de água doce, nativo de regiões sul-americanas e parente bem próximo das piranhas. Embora sua dieta seja principalmente vegetariana, herbívora com tendência frugívora, eles possuem um elemento muito incomum: dentes notavelmente semelhantes aos humanos.
São encontrados majoritariamente nas regiões da Amazônia e Orinoco, segundo informações da Live Science. Seus corpos achatados se assemelham aos das piranhas, mas seus dentes são usados para esmagar apenas sementes e nozes. Os pacus negros podem crescer até 89 centímetros de comprimento e atingir um total de 20 quilos de peso. As temperaturas amenas características do continente sul americano são vitais para a sobrevivência desses peixes. Logo, libertá-los em uma região sazonalmente fria e em estado selvagem pode ser prejudicial não só para a espécie, como também poderia trazer consequências graves para o ecossistema.
Por exemplo, em 2010, funcionários do Departamento de Recursos Naturais (DNR) de Michigan, nos EUA, disseram ter encontrado espécimes na região, o que foi tido como algo preocupante. Segundo o biólogo Nick Popoff, da divisão de pesca da DNR, três peixes tinham sido despejados em um local de acesso público. “Os requisitos de temperatura para os pacus são basicamente tropicais, e Michigan não é um estado tropical”, disse em entrevista à Live Science. “Eles não são capazes de sobreviver aos nossos invernos e por isso não consideramos um ato invasivo”.
“As espécies invasoras são extremamente prejudiciais”, disse acrescentando que a mensagem principal é a de “responsabilidade individual”, porque, ao liberar peixes em vida selvagem “você pode acabar matando-os e prejudicando outras espécies”. [ CPT ] [ Foto: Reprodução / CPT ]
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