O corte de mais de 200 funcionários no Hospital de Base tem gerado muita discussão nas rodas políticas em Itabuna. Dentre as discussões, a que mais é questionada é sobre a necessidade ou não de demissão em massa, como aconteceu nesta quarta-feira, 26. Aliados do prefeito Fernando Gomes tem dito que a folha estava inchada e com muitos funcionários fantasmas. Diante disso, o blog Ipolítica procurou o ex-presidente da Fundação de Assistência a Saúde de Itabuna (Fasi), responsável pela gestão do Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães. Bicalho conta que em 2016, o hospital tinha cerca de 680 funcionários, 50% efetivos e 50% contratados que se adequavam perfeitamente aos serviços que eram prestados. “Eu tenho impressão que as dispensas são em substituição pra haver novos contratos, o que o MP está de olho, pois já há demandas judiciais neste sentido”, afirma, explicando que a grande maioria foi contratada em gestões anteriores. Bicalho indicou que quando assumiu, havia pessoas contratadas há 10, 12 anos, o que levou a sua gestão a implantar o Plano de Salário e Carreira, para poder fazer concurso público. “Existe um TAC (Termo de ajustamento de conduta) que está sendo cobrado pelo Ministério Público, pois a FASI é uma entidade fundacional de interesse público.”. Paulo Bicalho lembrou que todas as contas da sua gestão foram aprovadas, apesar das dificuldades. “Encontramos os serviços totalmente desaparelhados, estoque de insumos e medicamentos zerados, pessoal desmotivado, enfim, uma gestão completamente fragmentada.” O ex-presidente fez questão de lembrar, também, que a atual gestão tem suas responsabilidades diante das diretrizes de políticas públicas de saúde. “só nos resta acompanhar, a experiência passada não fora boa, por incompetência inclusive perdeu as ações e recursos da Média e Alta Complexidade (Plena) com intervenção da Secretaria do Estado da Bahia”.
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