Um relatório divulgado pela Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália (NHMRC)conclui que a fluoretação da água, uma tecnologia de Saúde Pública utilizada em vários países, é, de fato, segura e benéfica contra a cárie dentária. Os resultados, replicados em larga escala, são provenientes de um estudo anterior realizado pelo próprio NHMRC, mas representando um levantamento mais completo e talvez o maior já feito sobre o tema, segundo informações da IFLScience. http://www.jornalciencia.com
O estudo concluiu que a fluoretação da água reduz em 26-44% as cáries em crianças, adolescentes e adultos. Por outro lado, o único efeito negativo do método para a saúde é a fluorose – uma descoloração dos dentes que geralmente só pode ser vista em exames mais detalhados. Ainda, não foram encontradas associações com câncer ou redução das funções cognitivas, conforme pressuposto.
O relatório foi realizado em meio às preocupações da comunidade sobre o sistema de fluoretação, o que incluía rumores que o associavam à incidência de altas taxas de cáries em trabalhadores rurais australianos. Em países onde a fluoretação é vigente no abastecimento de água, certamente essas alegações podem ser encontradas. Há quem afirme que o fluoreto é uma neurotoxina que quando adicionada à água pode nos matar lentamente. Outros ainda argumentam que o processo faça parte de uma conspiração global para suprimir a população ou destruir nossa inteligência.
Tais ideias fizeram com que a NHMRC investigasse o assunto. Logo, o fluoreto é tóxico apenas em doses altas – assim como uma série de outros compostos. No entanto, em muitas partes do mundo, os níveis de flúor na água são naturalmente altos o suficiente e de acordo com os valores recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Em 2007 o NHMRC chegou a divulgar um relatório sobre o fluoretação das águas de abastecimento. Ele concluiu que não ocorreram efeitos negativos na saúde, quando a concentração do composto estava entre 0,6-1,0 partes por milhão, para além de uma pequena descoloração dos dentes. Mais recentemente, o conselho considerou mais de 3.000 estudos e relatórios de conclusões anteriores para avaliar novamente a qualidade do sistema. O relatório foi lançado como um projeto, com as partes interessadas convidadas a discutir o assunto.
Em suma, os especialistas apontaram que não há evidências para tanto alarmismo, e que as deturpações são exageradas. Logo, a conclusão é de que a fluoretação é, de fato, segura. [ IFL Science ] [ Foto: Reprodução / SAAE ]
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