Após os 50 anos, falhas na hora de se lembrar das coisas costumam cair na conta do envelhecimento. Tanto que quase todo mundo já ouviu a frase “a culpa é da idade” para explicar o esquecimento de compromissos ou a dificuldade em executar duas tarefas simultâneas sem se embananar. Contudo, nas últimas duas décadas, os médicos começaram a rever a história de que esses déficits na memória são naturais com o avançar do tempo. E daí emergiu o conceito de comprometimento cognitivo leve, conhecido pela sigla CCL. “Precisávamos diferenciar o que não é normal do que também não é uma demência”, define o neurologista André Palmini, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Apesar de ser novato nos manuais de medicina, o CCL atinge bastante gente. Estima-se que 13,2% dos idosos tenham a condição, segundo pesquisa de 2009 conduzida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E o drama é que, se nada for feito, ela pode progredir. “Pessoas com CCL têm uma probabilidade de dez a 12 vezes maior de desenvolver a doença de Alzheimer”, alerta o neurologista Paulo Bertolucci, chefe do Ambulatório de Neurologia do Comportamento do Hospital São Paulo. Leia mais...
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