A necessidade de sobrevivência deveria viabilizar uma frente de partidos de esquerda para disputar os mais diversos cargos nas eleições de 2018. Diante da derrota que essas legendas sofreram nas eleições municipais, o melhor caminho seria criar essa frente ampla. O ex-presidente Lula voltou a defender essa ideia, que poderia ser batizada de Frente Democrática de Esquerda.
Existe uma crise da esquerda e outra do PT, cada qual profunda, mas com as suas diferenças. A do PT tem o agravante da confusão com a corrupção. A da esquerda, o dilema entre moderar o discurso econômico e político mantendo os ideais programáticos.
Durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, essa frente de esquerda funcionou de modo informal. O impeachment foi aprovado, mas a narrativa do golpe teve sucesso. Ou seja, num momento de dificuldade do PT, o PSOL, o PCdoB e políticos de esquerda da Rede tiveram uma ação conjunta num contexto de guerra política. Nos últimos dias, houve uma reação de toda a esquerda à ação abusiva da Polícia Civil de São Paulo na sexta-feira na Escola Nacional Florestan Fernandes, entidade de formação política do Movimento Sem Terra. São exemplos de que essa frente poderia ser viável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário