A advogada Deborah Peterson Small, referência em políticas contra drogas e direitos dos negros nos Estados Unidos, diz que o país é mais racista do que quer admitir
THAIS LAZZERI
A advogada americana Deborah Peterson Small, fundadora da organização Break the Chains (Foto: divulgação)
A advogada e ativista americana Deborah Peterson Small chegou ao Brasil há uma semana com a expectativa de ser acolhida pelo povo que exporta amor às tradições africanas nas publicidades para turistas. “Descobri um Brasil que não gosta de negros”, diz. Um relato sucinto dos dias de Deborah em terras tupiniquins: em Salvador, num passeio à beira-mar, um homem desconhecido perguntou a Deborah quanto ela custava. “Ele imaginou que, por ser negra e estar numa praia, eu só poderia ser uma prostituta.” Na comunidade do Alemão, no Rio de Janeiro, ela foi recepcionada por policiais armados e com a mão no gatilho. Num hotel em São Paulo, durante o café da manhã, respondeu a cinco funcionários a mesma pergunta: se estava, mesmo, hospedada ali. Ela conta as experiências sem mágoa ou rancor. Aprendeu a viver presa à cor de sua pele, como ela mesma diz. LEIA MAIS
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