por: Anacley Souza
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, apontou em planilhas entregues à Procuradoria-Geral da República (PGR) que 76% da propina que ele intermediou não foram registrados pela Justiça Eleitoral como doação de campanha. Segundo a Folha de S. Paulo, ele citou 19 políticos no documento e admitiu ter ajudado no pagamento de R$ 106,3 milhões em "vantagens ilícitas". Desse total, R$ 25,3 milhões foram em "vantagens ilícitas em doações oficiais" e R$ 81 milhões representam "vantagens ilícitas em dinheiro". O dinheiro era pago por empresas com contrato com a Transpetro em troca de benefícios nos acordos com o órgão estatal. "Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam, ao procurarem o depoente, que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro", disse Machado na delação.
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