"Você vai falar com o pastor agora." Quando o assessor passa o telefone ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP), avisa que, além do político, está ali aliderança religiosa. E ela é parte importante das opiniões de Feliciano, membro da comissão de impeachment para quem Deus e as igrejas tiveram um papel na crítica ao governo.
"As igrejas começaram a se mover. Elas eram apolíticas, né? Até que começaram a perceber que a política podia (se)movimentar atrapalhando a fé delas."
Figura polêmica por suas posições contrárias ao casamento homossexual e ao aborto, o deputado votou na segunda-feira (11) pela aprovação do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), favorável à abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista à BBC Brasil, ele diz que "seu sonho primário" é ver o PT perder o governo e chama o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de "meu malvado favorito", elogiando-o por ter aceitado o pedido de impeachment.
"O Cunha, todo mundo chama de malvado, né? Se ele é malvado, para mim é meu malvado favorito. Porque ele colocou o impeachment para andar."
O deputado também defendeu as várias menções religiosas durante a última reunião da comissão, que começou com seu presidente, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), entoando a oração de São Francisco de Assis. Para Feliciano, isso não feriria o princípio do Estado laico.
"Graças a Deus por o Estado ser laico. O Parlamento não começa a sessão sem o presidente ficar de pé e dizer: 'sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro'." Fonte: Com informações do iG/BBC Brasil
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