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sexta-feira, 4 de março de 2016

Seis passos para trás: Economia do Brasil encolhe e retorna ao patamar de 2009

O Brasil chegou ao final de 2015 com o mesmo patamar de riquezas que tinha no fim de 2009, levando-se em conta o valor do Produto Interno Bruto (PIB) do país em dólares. No fim do ano passado, a economia brasileira valia US$ 1,77 trilhão, após ter perdido US$ 500 bilhões dos US$ 2,34 trilhões que tinha no fim de 2014, com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). O resultado, que é influenciado pela cotação do dólar e é usado para comparações internacionais, foi o menor desde 2009, quando o somatório de riquezas do Brasil era de US$ 1,58 trilhão.

A economia brasileira foi impactada negativamente em 2015 pela redução no ritmo de gastos das famílias, empresas e até do próprio governo, segundo dados do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso das famílias, a insegurança em relação aos rumos do país levou o brasileiro a comprar menos produtos e serviços – a queda de 4% foi a primeira nos últimos 12 anos. No caso dos investimentos privados, a queda foi mais drástica, de 14,1%, e aconteceu pelo segundo ano . Até o governo, cujos gastos cresceram continuamente desde 2001, apresentou retração de 1%. 

O menor ritmo do consumo da família, que era um dos sustentáculos da economia no país, pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2015. 

No geral, a economia brasileira encolheu 3,8% em 2015 e confirmou oficialmente o que já se percebe no dia a dia, principalmente nas taxas de desemprego: o país vive a maior recessão desde 1990, quando o PIB despencou 4,35% no governo de Fernando Collor. Dados do IBGE apontam que a crise econômica continuou se aprofundando no quarto trimestre do ano passado, período em que o PIB caiu 1,4% ante o trimestre anterior e 5,9% na comparação com o mesmo período de 2014. 

A forte contração da economia está diretamente ligada à queda de 14,1% dos investimentos privados, chamados de formação bruta de capital fixo. É o maior recuo desde 1996, quando tem início a atual série histórica do IBGE. Segundo o instituto, os aportes despencaram no ano passado devido à queda da produção interna e da importação de bens de capital, com destaque para o desempenho negativo do setor de construção. Fonte: Correio

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