Estudo experimental realizado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em Ribeirão Preto, aponta que o mosquito Aedes aegypti pode não ser de todo ruim. Pesquisadores encontraram na saliva do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika substâncias anti-inflamatórias, capazes de controlar a imunidade e tratar doenças intestinais, como a colite ulcerativa em roedores.
À Folha, a imunologista Cristina Cardoso, orientadora do trabalho, contou que na saliva do mosquito existe um "coquetel de substâncias que ainda estão sendo identificadas. A ideia é extrair essas moléculas específicas, sintetizá-las em laboratório e estudá-las em ensaios clínicos, em humanos. De acordo com a especialista, o trabalho com a saliva do Aedes começou há quatro anos. Primeiro, roedores foram induzidos a desenvolver colite por meio da ingestão de uma droga diluída em água.
Assim que os sinais foram manifestados - diarreia, perda de peso e sangramento intestinal -, o tratamento foi iniciado. Os animais receberam a injeção de extrato de glândula saliva por três a quarto dias. Os camundongos apresentaram melhora clínica geral, com redução da inflamação, dos sinais negativos e da produção de substâncias do sistema imune associados à piora clínica. G1
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