O trabalho de bombeiros, técnicos e engenheiros para a retirada de um idoso que caiu em uma cisterna durante obras na cidade de Rio Real, a cerca de 200 km de Salvador, já dura 20 dias e foram escavados 19 metros. A força-tarefa começou a escavação em 18 de fevereiro. O idoso está preso no buraco, de 25 metros de profundidade, desde o dia 20 de janeiro. Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalho é minucioso e requer bastante cuidado para evitar acidentes, como o deslizamento de terra sobre os trabalhadores que realizam a escavação.
Já foram colocados 43 anéis de sustentação (estruturas metálicas) para evitar que a terra desmorone na cavidade. As obras de resgate são realizadas com apoio logístico e de equipamentos da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb). Uma lona foi instalada sobre o buraco para impedir que a chuva interfira no trabalho. A escavação em busca de José Alves da Cruz, de 77 anos, começou no dia 18 de fevereiro e tinha prazo inicial de conclusão de 15 dias. Nos primeiros dias, ele respondia aos chamados dos familiares, mas depois de algum tempo deixou de fazer contato.
Em entrevistas, a família do idoso disse já não ter esperança de encontrá-lo vivo. José Alves caiu quando fazia um trabalho dentro da cisterna e a estrutura cedeu. Parte da terra cobriu a vítima. O Corpo de Bombeiros tentou fazer o resgate, mas devido à instabilidade no solo e na cisterna, não foi possível tirá-lo do local. No dia 29 de janeiro, a Defesa Civil do Estado acionou o engenheiro e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Luís Edmundo Campos para analisar a situação em Rio Real. O especialista afirmou que a realização do resgate é complicada e encaminhou à Defesa Civil um relatório da situação.
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