Recipientes domésticos usados para armazenamento improvisado de água, como baldes e regadores, foram os principais responsáveis pelo aparecimento de novos criadouros do mosquito Aedes aegypti no município de São Paulo em fevereiro. No segundo mês do ano, esses utensílios representaram 32,4% dos recipientes com larvas. Em seguida, vêm caixas d'água (7,5%), pratos (7,5%) e latas ou frascos de plástico (6,9%). Os dados constam da Avaliação de Densidade Larvária (ADL) e foram divulgados nesta segunda-feira (14) pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, os resultados mostram a consolidação de uma tendência que já vinha sendo observada desde o ano passado: "que o principal fator hoje, dentro da casa das pessoas, de foco larvário do mosquito da dengue, da chikungunya e do zika vírus são exatamente tonéis, caixas d’água, depósitos para reservar água com a preocupação da não oferta de água na cidade de São Paulo, principalmente na periferia”. Dados da secretaria mostram que, até a sexta semana epidemiológica (segundaª semana de fevereiro), foram confirmados 1.983 casos de dengue em toda a cidade. No mesmo período de 2015, houve 2.280 casos confirmados, ou seja, uma queda de aproximadamente 13%. A zona leste da capital continua sendo a região mais afetada, e Lajeado, com 159 casos, e Penha, com 109, os bairros mais atingidos. A secretaria registrou 46 casos de microcefalia na capital, no período de outubro de 2015 a 10 de março deste ano. Desses, seis casos estão ligados ao vírus Zika. De acordo com a pasta, em nenhum dos casos, a contaminação se deu na cidade. Ainda estão sendo investigados 21 casos – os demais foram descartados por não terem relação com o zika vírus.
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