A 'pílula do câncer', aprovada pela Câmara dos Deputados nesta semana, pode colocar em risco população, sistema de regulação sanitária e a reputação da indústria farmacêutica no país. A observação é do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa. "A autorização do uso de remédios tem de ser precedida por pesquisa para comprovar sua eficácia e segurança.
Não podemos encurar caminho apenas recorrendo ao lobby no Congresso", disse. Barbosa ressaltou que a fosfoetanolamina sintética não tem registro na Anvisa, nem nunca foi alvo de pesquisas para que suas eficácia e segurança fossem comprovadas. "Ele preencheria precondições para estudo prioritário: é produto inovador, desenvolvido no Brasil e destinado a uma doença de grande impacto para saúde pública.
Estaríamos abertos a essa análise, mas ela nunca foi requisitada", acrescentou. O projeto segue para o Senado e a expectativa da Anvisa é, junto com o Ministério da Saúde, conseguir convencer senadores a impedir a aprovação da proposta.
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