Foto: Gil Ferreira / Agência CNJ
Sindicatos de delegados da Polícia Federal e do Ministério Público Federal se manifestaram após o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmar que afastaria policiais em caso de suspeita de vazamento de informações sigilosas. A diretoria da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) se reunirá nesta segunda-feira (21) para decidir se ingressa com mandado de segurança para impedir afastamentos preventivos de policiais federais. “Lamentamos profundamente, do ministro da Justiça, quando ele diz que vai afastar policiais da Lava-Jato (por suspeita de vazamento seletivo de informações). Isso aí é uma interferência nas investigações”, afirmou o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral, em entrevista ao jornal O Globo. Um dos delegados integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato também criticou as declarações de Aragão, que traria, em sua opinião, prejuízos à apuração. “Sabemos que, se trocarem as equipes, tudo vai parar. Não que não existam profissionais capacitados para nos substituírem, não é isso. É que, com certeza, o pessoal que será colocado terá outro objetivo. Não tenho esse tipo de apego, não me importo em ser substituído. O que não vamos admitir é que destruam o nosso trabalho”, disse, ao Globo. Já o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, classificou como equívoco se falar em vazamentos ilegais na Lava-Jato. Ele cita como exceção um suposto vazamento da operação que para cumprimento de mandado de condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A imprensa livre discutir um processo que não está sob sigilo não é crime”, afirmou. bn
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