Flávio Costa*Do UOL, em São Paulo*Alan Marques/Folhapress
O economista e ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau durante depoimento, em janeiro de 2006, à CPI dos Bingos, no Senado, em Brasília (DF).
As investigações da Operação Lava Jato, que resultaram na manhã desta sexta-feira (4) na condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, demonstram que o "PT acabou, só restam resquícios religiosos", na opinião do economista Paulo de Tarso Venceslau, 74. Fundador do partido, ele foi expulso da legenda em 1998, após denunciar um suposto esquema de corrupção envolvendo o compadre de Lula, o advogado Roberto Teixeira, em contratos com prefeituras paulistas administradas pelo PT nos anos 1990.
"Na minha modesta opinião, o que a operação tinha de afetar o PT já afetou. O partido acabou. O que restam no PT são resquícios religiosos. Que fazem da política uma seita. Não interessa os fatos, não interessa a verdade. O partido está reduzido a isso, pois não não há verdade que abale essa fé," afirma Paulo de Tarso, que atualmente dirige o jornal Contato, sediado na cidade de Taubaté (SP).
Essa fase da operação, batizada de Aletheia (a busca da verdade, em grego), apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula nas obras e aquisição do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações e que seja dono dos imóveis. "O que aconteceu hoje foi um desdobramento anunciado e mostra que as instituições estão funcionando regularmente bem. Se não ocorresse nada, aí sim seria estranho, pois iria prevalecer a fanfarronice do ex-presidente, dizendo publicamente que não prestaria depoimento algum", afirma o ex-militante. Leia mais em: http://zip.net/bksZhJ
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