Dois novos trabalhos vão mudando o nosso entendimento sobre as epidemias causadas pelo Aedes aegypti. O primeiro, publicado no New England Journal of Medicine, a mais conceituada revista científica do mundo, mostra que algumas mães que tiveram bebês com microcefalia não foram infectadas no primeiro trimestre da gravidez. Este trabalho aumenta o nosso entendimento sobre a forte ligação entre o vírus da zika e a microcefalia, mas ainda não nos possibilita colocá-lo como fator etiológico.
O segundo trabalho, que é sobre as infecções virais relacionadas à chikungunya, retrata que pacientes picados pelo Aedes aegypti permanecem, após a infeção, com dores articulares, ou seja, desenvolvem uma artrite crônica, semelhante à artrite reumatoide.
Ambos os trabalhos contêm uma mensagem importantíssima para a qual o governo continua com os olhos vendados, que é a falta imperdoável de projetos imediatos de saneamento básico para o país. Agora, estamos defronte a uma possibilidade de doença crônica debilitante causada pela picada de um inseto. Se nada for feito sobre esgoto, coleta e tratamento de lixo, e água potável, no ano que vem a situação será mais catastrófica ainda.
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