Quando Sophie Morris visitou um médico com dores no pescoço, ela foi tranquilizada por ele, dizendo ser apenas culpa de seu travesseiro. Mas apenas algumas semanas depois, a britânica, mãe de três crianças, recebeu a notícia devastadora de que, na verdade, ela tinha um tumor cerebral fatal.
Sophie, de 37 anos, inicialmente, associou suas dores e cansaço ao fato de estar grávida, enquanto trabalhava 10 horas por dia e tinha de cuidar de seus dois filhos menores. Mas quando a dor ficou tão forte que a dificultava até mesmo de chegar às escadas de sua casa, ela pediu conselhos a parteira, que a aconselhou a comer mais. Meses depois, sua visão e equilíbrio deterioraram-se, forçando-a a desistir de dirigir. O médico disse que era apenas o cansaço normal que uma gestante sente.
Apenas após se consultar com oftalmologistas ela descobriu que algo estava errado em seus olhos. “Eu podia ver pelo seu rosto que havia um problema. Ele me mostrou fotos dos meus olhos e disse que havia algo os empurrando, fazendo uma pressão. Ele disse que eu iria direto para uma clínica de olhos no meu hospital local. Nessa fase, nem pensava ser algo grave. Uma noite eu pesquisei os meus sintomas na internet e li sobre tumores cerebrais, mas eu disse a mim mesma para não ser tão burra e pessimista. Eles eram raros, deveria ser outra coisa. Eu achei que poderia ser um vírus ou até mesmo esclerose múltipla”, disse ela.
No dia seguinte, ela foi até a clínica oftalmológica do Hospital Hinchingbrooke e passou por uma ressonância magnética. O exame revelou que ela tinha uma lesão no cérebro e que eles iriam se reunir com a equipe de neurocirurgia no Hospital de Addenbrooke, em Cambridge, para discutir a digitalização. Os médicos não tinham certeza do que se tratava e disseram que só iriam saber ao certo quando ela fosse operada.
Então, ela foi encaminhada para o hospital, onde os médicos a operaram, antes de fazer o diagnóstico devastador de que ela tinha apenas alguns meses de vida. “Quando o médico disse que o prognóstico era de cerca de 15 meses de vida, demorei para processar suas palavras. Os inocentes e pequenos rostos dos meus filhos apareceram em minha mente. Tudo o que eu sempre quis foi ser mãe. Mudamos recentemente de casa e eu tinha acabado de ter um outro bebê para completar a família. Pensei que teríamos anos para construir memórias felizes e tudo isso foi arrancado de nós”, relatou ela.
Eles encontraram um glioblastoma altamente agressivo, terminal. A mulher passou por seis semanas de radioterapia e começou a fazer quimioterapia, mas suas plaquetas diminuíram muito. Atualmente, ela passa por varreduras a cada três meses para monitorar o tumor. Em agosto de 2014, o tumor começou a crescer novamente, desta vez inoperável. Ela foi submetida a mais radioterapia no verão passado, que fez o tumor diminuir, mas sua última varredura, em fevereiro, mostrou que estava crescendo mais uma vez. “Agora eu estou ficando sem opções de tratamento. Preciso decidir se tento um novo tratamento de quimioterapia e estou esperando por um ensaio clínico para ganhar mais tempo”, acrescentou Sophie. Mais em http://www.jornalciencia.com
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