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quarta-feira, 2 de março de 2016

Menino de 4 anos é torturado em rituais; tios confessam que adotaram criança para sacrifício

O casal já está preso e confessaram o crime. A mulher suspeita contou a polícia que adotou a criança com intenção de usá-la em rituais de sacrifício. Um menino de apenas quatro anos foi torturado pelos tios durante rituais de magia negra em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O caso foi descoberto depois que a criança deu entrada no hospital Santa Casa com graves lesões pelo corpo. Segundo a polícia, ele tinha queimaduras no rosto, um dos braços quebrados, ferimentos nos olhos e vários hematomas no saco escrotal. Além disso, ainda tinha uma das orelhas deformadas e ferimentos nos olhos que comprometem a visão. As unhas dos pés também teriam sido arrancadas. A criança está internada desde o dia 23 de fevereiro e a previsão é de que ele receba alta no domingo (6), quando termina o "tratamento clínico de queimaduras e abcessos em face e pavilhão auricular". Ele será encaminhado para uma instituição de acolhimento para ser acompanhado pelo Conselho Tutelar.

Ritos macabros: A criança foi adotada pelo tio-avô, Arnaldo Pavão, de 46 anos, e a esposa dele, Conceição Vargas da Cruz, 31, depois que a avó paterna devolveu a criança à Justiça por não ter condições de dar os devidos cuidados. O menino foi abandonado pelos pais biológicos que são usuários de drogas. O casal já está preso e confessaram o crime. A mulher suspeita contou a polícia que adotou a criança com intenção de usá-la em rituais de sacrifício. Ainda de acordo com o G1, o homem declarou que não queria a adoção por considerar o menino um "estorvo" e um "intruso na família". Eles informaram ainda à polícia que torturavam a criança sob influência de uma entidade espiritual e confirmaram que já agrediam o menino em outros momentos fora dos rituais. Um outros suspeito, sobrinho do casal e primo da vítima, também foi preso. Segundo a polícia, ele assistia às agressões. Além dos três, a polícia investiga se outras pessoas participaram das torturas. A avó materna adotiva, as duas filhas biológicas do casal preso e a vítima já foram ouvidos.

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