O DIA - São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na tarde desta quarta-feira, na Casa de Portugal, em São Paulo, de um ato de sindicalistas em apoio a ele, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Cerca de mil pessoas estiveram no local. Durante o encontro, ele reforçou que a Operação Lava Jato "é uma necessidade para o país". "Se não é possível fazer o combate à corrupção, vem o desemprego, se fecha empresas", disse.
Além disso, Lula disse que, quando sua nomeação como ministro foi autorizada, "vai levar esse país para andar". "Vou deixá-los com mais raiva. Eu quero fazer um apelo aos deputados e senadores: nos dê seis meses, que vamos provar que o Brasil vai voltar a ser o país da alegria. Vamos discutir uma política econômica que traga esperança", destacou.
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'Lava Jato é uma necessidade para o país', diz Lula em ato com sindicalistas / Foto: Reprodução/NBR
O ex-presidente também afirmou que as pessoas que apoiam o impeachment da presidenta Dilma Rousseff querem golpe. Neste momento, os sindicalistas gritavam "não vai ter golpe". "Não há outra palavra para isso. Nas redes sociais, estou recebendo pressão. Eu sei que tem muito sindicalista que diverge da política econômica de Dilma, mas a luta da classe trabalhadora é evitar o golpe", reforçou.
O ato também teve falas contra o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato. Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), chegou a chamar Moro de "agente do Estado Islâmico". "O Moro parece um agente do Estado Islâmico, nunca vi uma pessoa provocar tanto terror", afirmou Araújo.
Outras manifestações se posicionaram de forma contrária à condução coercitiva de Lula pela Lava Jato, autorizada por Moro. Os sindicalistas também criticaram a divulgação do áudio de grampos envolvendo Lula e a presidente Dilma Rousseff.
Nas manifestações que antecedem a fala de Lula, sindicalistas também manifestaram apoio à posse dele na Casa Civil. Álvaro Egea, secretário geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), disse querer ver Lula no governo e afirmou que setores conservadores tentam "construir um Estado de exceção" para "retirar direitos dos trabalhadores". "Presidente Lula, queremos o senhor na Casa Civil, queremos o senhor no governo", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo
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