Cozidas, assadas ou até mesmo cruas. Larvas viscosas podem não parecer muito apetitosas, mas em partes da África Central elas são uma fonte vital de proteínas e minerais para muitas pessoas. Por isso, as larvas do escaravelho-vermelho têm sido uma das armas de países como Camarões na luta contra a desnutrição, que atinge uma em cada três crianças por lá. Tanta procura, no entanto, tem elevado os preços do inseto, tornando-os a carne mais cara no mercado. Seu preço é estimado em US$ 4 o copo – unidade de medida usada nas feiras livres do país. Outro problema é que as Palmeiras de Ráfia, onde essas larvas vivem, estão desaparecendo das florestas, dificultando ainda mais a exploração dos insetos. Por isso, os cientistas em Camarões vêm procurando soluções para essas questões socioambientais. Um projeto-piloto, aplicado em três aldeias do país, consiste em colocar pedaços de madeira de Ráfia em caixas de plástico e deixar as larvas se reproduzir. Por enquanto, a proposta parece funcionar: segundo os estudos, nascem entre oito e dez vezes mais insetos nas caixas do que na natureza, sem nenhum impacto ambiental.
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