A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) suspendeu por 60 dias, a partir desta sexta-feira (4), o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Monte Sinai, na capital. A determinação aconteceu após denúncias de que o ginecologista Divino Anselmo Orlando, que é um dos proprietários da unidade, cobrava de pacientes grávidas para realizar partos pelo SUS. O médico foi flagrado por uma câmera escondida negociando o valor de R$ 1.800 para fazer o parto de uma paciente do SUS. A defesa do médico negou a denúncia. O caso está sendo investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) também apura a situação, já que é ilegal cobrar qualquer quantia de pacientes que vão fazer procedimentos pelo SUS. Conforme a SMS, a suspensão dos atendimentos pelo SUS na unidade de saúde pode ser prorrogada até o final das investigações. Nenhuma nova paciente será encaminhada para o hospital, e as pacientes que já eram atendidas no local serão transferidas para outras unidades, conforme a secretaria. O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, afirmou que, após a divulgação da cobrança feita pelo médico a uma paciente, outras mulheres contaram ter passado pela mesma situação com o mesmo profissional. “Como já houve vários casos, então, estamos abrindo um canal por telefone para que as mães que tiveram cobrança durante o seu parto pelo SUS façam essa denúncia para que qualquer prestador que tenha feito isso a gente possa verificar e ate punir”, afirmou. O telefone divulgado pela SMS para as denúncias é (62) 3524-1565. O SUS informou que realizou uma inspeção na unidade de saúde, coletando documentos e depoimentos de grávidas. O Hospital Monte Sinai afirmou que vai continuar colaborando com as investigações. (Globo)
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