Carlos Madeiro*Colaboração para o UOL, em Maceió*Antonio Gaudério/Folhapress
No dia 14 de dezembro de 2003, a então senadora por Alagoas Heloísa Helena foi expulsa do PT, ao lado de outros quatro colegas, por ser classificada como "radical". À época, ainda no primeiro ano da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, ela acusava o partido de se afastar de seus ideais de esquerda.
Hoje vereadora de Maceió pela Rede, ela defende que a melhor solução para a crise política seria uma nova eleição presidencial. "Como estamos em época, tal qual dizia o escritor, de 'onde aperta sai pus', melhor mesmo seria convocação de eleições gerais, e a maioria dos eleitores verdadeiramente decidiria, né?!"
Para Helena, existem "muitas alternativas nos marcos da legislação" que poderiam afastar Dilma. "Por exemplo, a que Marina [Silva] defende --apelando ao TSE para cassação de diplomas dos envolvidos na Lava Jato--, ou consulta popular em referendo revogatório como defende [o senador] Randolfe [Rodrigues, da Rede do Amapá] e outros parlamentares. Se tivéssemos um Congresso de ampla maioria com independência e autoridade moral perante o povo, também poderia ser resolvido com os procedimentos investigatórios que culminariam ou não com o impeachment", avalia.
Se dizendo surpresa com o ato confirmado nesta quarta-feira (16), a vereadora criticou aindicação de Lula ao ministério da Casa Civil. "Não acreditava que a arrogância e a confiança na impunidade os cegasse a tal ponto, mas ainda bem que tem muita gente que anda com soro antiofídico no bolso e, com todo respeito biológico às rastejantes, não correm com medo do ataque delas", atacou.
O PT e o "mi-mi-mi"
Bem ao seu estilo, Helena detona o argumento de que o PT é vítima de um "Poder Judiciário político", com interesse em derrubar o governo. Leia mais em: http://zip.net/bhs2jr
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