Diante da possibilidade de desembarque do PMDB da base de apoio à presidente Dilma Rousseff, o governo entrou em campo para tentar adiar em pelo menos vinte dias a reunião do diretório da legenda, agendada para a próxima terça-feira. O movimento visa a ganhar tempo para o Planalto colocar em prática o último esforço de recompor a aliança com o maior partido no Congresso Nacional e, assim, evitar o avanço do processo de impeachment contra a presidente da República.
Na função de articulador do governo, o ex-presidente Lula se reuniu nesta terça-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pediu ajuda para conter a debandada do PMDB. Renan atendeu ao apelo do petista e logo ao sair do encontro declarou: “Quando não há caracterização do crime de responsabilidade, não é impeachment. O nome deve ser outro”, disse à Veja, aderindo, de forma enviesada, ao discurso petista de que a destituição de Dilma seria um golpe. À noite, o peemedebista voltou a dar declarações à imprensa: “O PMDB reduzirá seu papel histórico se assumir a responsabilidade pelo agravamento da crise”, afirmou.
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