De acordo com estudo do Ipea, o Estatuto do Desarmamento pode ter poupado 20 mil vidas ao reduzir o acesso à armas de fogo no Brasil. A projeção do Atlas da Violência 2016 — que tem como ano base o ano de 2014 — vale apenas para o intervalo de três anos, entre 2011 e 2013.
O estudo montou um cenário contrafactual como se o Estatuto de Desarmamento, aprovado em 2003, nunca tivesse sido sancionado pelo governo. O cálculo foi feito com base em quanto a diminuição de armas de fogo em cada Unidade Federativa do país teria ocasionado em termos de vidas poupadas. A metodologia considerou que, para cada 1% a menos de armas disponíveis, haveria 1% a menos na taxa de homicídio do estado.
Enquanto 55,1 mil pessoas morreram vítimas de armas entre 2011 e 2013, o estudo indica que morreriam 77,9 mil sem a interferência do Estatuto do Desarmamento. Trata-se de 41% mais mortes sem a lei aprovada.
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