O diabo está nos detalhes. Há um trecho da delação bomba de Delcídio do Amaral em que ele fala que a CPMI dos Correios foi feita “com base em dados maquiados”.
Relata que outros parlamentares sabiam da empulhação, entre eles Carlos Sampaio, o probo, e Aécio Neves. Acrescenta o petista: o tema foi tratado com o então governador Aécio em Minas Gerais. Após a reunião, Aécio “franqueou o avião do governo para que o declarante viajasse para o Rio de Janeiro”.
A viagem de Delcídio está na relação de vôos oficiais de Aécio entre 2003 e 2010. Ela foi obtida pelo DCM e utilizada em algumas matérias.
As aeronaves bancadas com o dinheiro do contribuinte mineiro foram emprestadas também para gente como Roberto Civita, Fernando Henrique Cardoso, José Dirceu, todas as lideranças do PSDB, e um certo Roberto Marinho (que Roberto Irineu Marinho, dono da Globo, declarou não ser ele num email enviado a nós por sua advogada).
A família inteira também passeou, inclusive o primo Quedo, acusado de comprar um juiz num caso de tráfico de drogas.
Em matéria de tráfico de influência, Aécio foi campeão. A delação de Delcídio e a lista de passeios de helicóptero e turboélice são pedaços do cipoal de interesses, alguns mais escusos que outros, que Aécio representou em sua vida pública. por Sergio Roberto
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