Os contratos de trabalho de 900 operários da fábrica baiana da Ford, em Camaçari, foram suspensos nesta segunda-feira (14), no chamando lay-off. "A Ford está utilizando todas as ferramentas possíveis para tratar do excedente da força de trabalho decorrente do fechamento do turno da noite da unidade de Camaçari", informou a montadora em nota. Antes do lay-off, a empresa promoveu um programa de demissão voluntária (PDV), que teria sido adotado por 440 operários. A decisão foi vista com bons olhos pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, levando em consideração a proposta inicial da montadora de demitir cerca de dois mil trabalhadores que atuavam no turno extinto. Segundo informações da entidade, os 660 funcionários restantes foram transferidos para os turnos da manhã e da tarde. O lay-off consiste na suspensão temporária do contrato de trabalho, a partir de acordo entre a empresa e o sindicato de trabalhadores da categoria. O governo federal se responsabiliza pelo pagamento dos salários até limite do teto do seguro-desemprego. Se o valor ficar abaixo do salário do empregado, a empresa deve pagar a diferença, "considerando sempre o valor do salário líquido que era recebido", conforme frisou Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
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