Os procuradores são acusados de cometer abusos de poder nas investigações, preparam-se para contra-atacar com ainda mais provas – e avançam nas delações que devem desmontar o topo da corrupção no Brasil
Trecho da reportagem de capa da edição 926 de ÉPOCA.
Eles sabiam o furor que causariam naquela sexta-feira. Nem por um instante subestimaram o que um avanço sobre um dos líderes políticos mais importantes da América Latina provocaria na opinião pública, no meio jurídico e no mundo político. Os integrantes da Lava Jato – delegados da Polícia Federal, procuradores da República da força-tarefa e o juiz Sergio Moro – chegavam ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, naquele 5 de março, quase dois anos exatos após o início da operação, com cautela e preparo. “Tínhamos de cruzar esse rubicão”, diz um dos líderes de Curitiba. “É onde as provas do caso nos conduziram.” Naquela manhã, a Lava Jato pôs na rua a 24a fase da operação, cruzando o rubicão enquanto parava o país. Começava ali a fase mais difícil dos dois anos de investigação. A depender da consistência dos pedidos de busca e apreensão e de condução coercitiva do ex-presidente, a força-tarefa poderia angariar definitivamente o apoio da opinião pública em torno das investigações. Ou transformar Lula em mártir. A sobriedade e a segurança técnica eram essenciais para reafirmar o trabalho realizado desde 2014. Mais em http://epoca.globo.com/tempo/noticia
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