A bactéria Chlamydia psittaci que é encontrada nas fezes, urina ou secreções das calopsitas podem contaminar o ser humano através do contato direto com as aves. É cada vez maior a população de calopsitas que se tornam um membro da família, as aves são criadas como qualquer outro animal doméstico, mas é preciso ter cuidado. “A maioria das aves contaminadas são portadores assintomáticos da doença, ou seja, estão contaminadas pela bactéria, porém, não desenvolvem a doença e não ficam doentes. Já atendi aves de mais de vinte anos que estavam contaminadas e nunca desenvolveram a doença. As aves contaminadas, geralmente desenvolvem a doença graças a uma queda de imunidade por alguma situação de estresse acometido como por exemplo por aves recém compradas e mal alimentadas” explica o médico veterinário Octávio Lisboa.
“Na ave a bactéria na maioria das vezes provoca uma inflamação nos olhos (conjutivite) ou até mesmo uma infecção generalizada atingindo órgãos vitais como rins, fígado e pulmões. No ser humano, provoca principalmente, conjutivite, infecções respiratórias e até problemas ginecológicos” conta o especialista em aves e animais silvestres. O grande problema para as pessoas e para as aves, é que os sinais da doença são muito parecidos com sintomas provocados por infecções bacterianas ou virais mais comuns, o que torna obrigatório a realização do exame específico para a identificação da doença. Pois o tratamento se dá através de um antibiótico específico. A doença tem cura quando o diagnóstico e o tratamento são feitos de forma correta.
Não existe vacina contra a doença, por isso, é imprescindível realizar o exame de pesquisa para clamídia nas aves principalmente nas calopsitas, e papagaios, pelo menos uma vez por ano. Esta é a única medida preventiva para manter a ave e a família protegida contra essas bactérias. Esta doença já foi identificada em mais de cem espécies de aves, porém as aves onde encontramos com mais facilidade são as da família Psitacidae, que é a família das aves de "bico torto" como os papagaios, calopsitas, maritacas e periquitos australianos. E por conta do aumento na criação de calopsitas e pela falta de um acompanhamento veterinário na maioria das criações, essa espécie se tornou o principal foco da doença no meio urbano.
Os cuidados básicos para evitar riscos indica comprar a calopsita de lojas e criadores idôneos, e assim que adquirir uma ave nova, levar em um veterinário especializado para uma avaliação, e principalmente, realizar o exame para certificar a presença ou a ausência da bactéria no animal. A criação só se torna segura através da comprovação por um médico veterinário que a ave está saudável. Foto: Ascom*Fonte: Rafael Gomes*Por: Surgiu Redação
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