Em meio à crise hídrica enfrentada por diversas regiões do país, ideias para solucionar o problema surgem a todo instante. Unindo a criatividade com a tecnologia aparecem os mais diferentes e inovadores projetos, que podem, depois, ganhar aplicação prática. Foi o caso de Igo Romero, 22 anos, que foi destaque na 15ª edição do Campus Party Brasil, realizada em janeiro, o principal acontecimento tecnológico realizado anualmente no Brasil, realizado em São Paulo. Aluno do curso de sistemas de informações no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), no campus de Vitória da Conquista, Igo idealizou, junto com o professor-orientador Mailson Sousa, um protótipo de sistema hidráulico que evita o desperdício. O sistema de encanamento possui dispositivos que avisam quando acontece um vazamento, indicando o local e a intensidade. "Ele é constituído de sensores agregados à tubulação que coletam informações e calculam a vazão da água. Depois esses dados são enviados à central, que fica próxima aos sensores e transmite as informações para um tablet ou computador", explica Igo.
Segundo o estudante, durante o Campus Party, o protótipo foi um dos mais visitados por investidores e pela imprensa. "Fomos muito bem recebidos e também uma grande oportunidade para poder participar do evento. Foi por isso que, agora, muita gente conhece a nossa ideia". A montagem para concretização do projeto foi iniciada durante as férias e, para isso, Igo contou com a ajuda do irmão Ícaro Ramires. "No recesso nós fizemos um protótipo de baixo custo que parecesse o máximo com a realidade", contou. De acordo com o professor Mailson, a ideia surgiu no ano passado. "A ideia apareceu antes da crise hídrica, mas só começamos a desenvolver posteriormente. É uma ideia conjunta que pensa, também, na sustentabilidade", disse o professor, que afirmou estar sempre instigando a criatividade dos seus alunos. O próximo passo, segundo Igo Romero, é patentear a invenção para que possa ser lançada no mercado e ajudar várias famílias em todo o país. "Estamos providenciando os papéis relacionados à patente e logo depois vamos tentar comercializar o dispositivo para que outras pessoas passem a utilizar. Nossa pretensão é que, de alguma forma, possamos contribuir, também, com a economia da água" , explicou o estudante. *A Tarde
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