Park Han-chul, presidente da Corte Constitucional da Coreia do Sul (Foto: AP Photo/Lee Jin-man)
A Coreia do Sul derrubou nesta quinta-feira (26) uma lei criada há 62 anos que caracterizava o adultério como crime. Pela lei, os acusados por infidelidade podiam cumprir pena de até dois anos de reclusão.
Segundo o jornal New York Times, cinco dos nove juízes da Corte consideraram pertinente assumir a importância do desejo das pessoas sobre continuar ou não um casamento, sem que a decisão fosse influenciada por pressões da justiça. REDAÇÃO ÉPOCA
A maioria também concordou que a criação da lei foi feita no contexto de uma sociedade machista e que em um momento de avanço da defesa dos direitos individuais, não há motivo para manter o texto na Constituição.
Dois juízes da Corte opinaram que a extinção da lei pode gerar “uma desordem na moral sexual”, encorajando casos extraconjugais. Desde 1985, quando os processos começaram a ser contabilizados, 53 mil sul-coreanos foram indiciados por crime de adultério.
Ainda nesta quinta-feira, as ações de uma marca de camisinha, a Unidus, subiram 15% e uma empresa que comercializa pílulas do dia seguinte, a Hyundai Pharmaceutical, registrou alta de 9,7% em suas ações. Analistas financeiros atribuem o aumento à mudança na legislação.
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