Uma mulher que nasceu sem útero e ovários conseguiu dar à luz a duas meninas gêmas depois de quase uma década se submetendo a um tratamento novo. Hayley Haynes, londrina de 28 anos, soube aos 19 que nasceu sem os órgãos reprodutores e não poderia ter filhos. Ela procurou o hospital porque, já com a idade avançada, ainda não tinha menstruado. A moça descobriu, então, que nasceu com os cromossos XY (masculino) ao invés de XX (feminino), o que a faz ser geneticamente do sexo masculino.
Em entrevista ao jornal Daily Mirror, a mulher disse que ficou desesperada ao saber que não poderia ter filhos. “De repente, um enorme pedaço de minha vida estava faltando. Senti como se fosse metade de uma mulher e estava envergonhada. Como é que eu ia dizer a um homem que eu era geneticamente do sexo masculino?”, disse Hayley ao jornal britânico.
Logo que a jovem foi diagnosticada, os médicos iniciaram um tratamento de hormônios para ampliar seu útero em seu corpo. Em 2007, foi constatado a partir de exames que ela tinha um pequeno útero, medindo apenas alguns milímetros, o que foi considerado um grande avanço pelos especialistas.
O hormônio feminino estrogênio foi aplicado em Hayley em quantidades elevadas pelos médicos para auxiliar o crescimento do órgão reprodutor. De acordo com os especialistas, o fato dela ter nascido com resquícios de útero facilitou o tratamento.
Alguns anos após o início do tratamento, a jovem começou a fertilização in vitro em uma clínica privada no Chipre, já que o sistema público de saúde britânico não pode financiá-la. O tratamento custou cerca de R$ 25 mil.
Ao total, 13 ovócitos foram colhidos, mas apenas dois poderiam ser fertilizados. Assim, nasceram as gêmeas não-idênticas, batizadas de Darcey e Avery. por Martins em Pauta
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