Foto: reprodução/TVFolha
Deu certo a cirurgia que a menina Júlia, de Ribeirão Preto - interior de São Paulo - foi fazer nos Estados Unidos, depois de uma boa briga com a justiça brasileira e a União, para pagar o tratamento no exterior.
Vítima de paralisia cerebral, ela começou a andar esta semana, 4 dias depois da operação da última sexta-feira.
Júlia Marchetti Ferraz, de 5 anos, ficou em pé pela primeira vez e deu seus primeiros passos no Saint Louis Children's Hospital, nos EUA.
Foi durante uma sessão de fisioterapia, com o auxílio de sua mãe e uma profissional do hospital.
O pai, o analista de sistemas Alexandre Ferraz, comemorou:
"Ela ficou em pé e teve força nas pernas apenas quatro dias após a cirurgia. Aguardávamos por este momento há anos", disse Ferraz, à Folha.
Festa
A menina, segundo ele, está vibrando de alegria. Principalmente depois de ter conseguido rolar sozinha na cama, pela primeira vez.
"A Júlia não parava de rir quando percebeu que conseguia ter força para se movimentar sozinha na cama do hospital", disse Ferraz.
Segundo ele, os médicos do Saint Louis Children's Hospital que acompanharam a menina afirmaram à família que a recuperação de Júlia foi rápida e a previsão é de que ela tenha alta da internação nesta quarta-feira (11).
Depois, deverá permanecer nos EUA por mais 30 dias, para intensos tratamentos de fisioterapia até que ganhe força muscular nas pernas e consiga caminhar sozinha.
Briga na justiça
A família da criança enfrentou uma desgastante briga judicial entre o final do ano passado e janeiro para que União arcasse com os custos da operação, feita apenas nos Estados Unidos, para que ela pudesse movimentar as pernas.
O TRF (Tribunal Regional Federal) determinou que a União pagasse pela cirurgia de Júlia, de US$ 44,2 mil (cerca de R$ 115 mil), no último dia 22 de janeiro.
A família procurou a Justiça porque a cirurgia não é oferecida no país, de acordo com a Justiça Federal.
Durante o processo judicial, Júlia quase teve a cirurgia cancelada pelo hospital, que prorrogou a data de pagamento por duas vezes, porque a União recorreu de todas as decisões favoráveis à criança. Com informações da Folha
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