A Prefeitura de São Paulo avalia reajustar o repasse fornecido aos proprietários dos sete hotéis credenciados no programa De Braços Abertos, como forma de reparar os danos causados pelos recorrentes roubos por parte dos beneficiários. O valor, que hoje é de R$ 480 mensais por hóspede, deve chegar a cerca de R$ 500. Com o reajuste, o objetivo é elevar o nível de exigência de limpeza, segurança e manutenção dos hotéis.
Internamente, autoridades das Secretarias de Saúde, Trabalho e Assistência Social e entidades parceiras chamam de "repactuação" a necessidade de aperfeiçoamento do repasse, por causa do furto de vasos sanitários, chuveiros, colchões e fiação elétrica nos estabelecimentos. Dependentes químicos beneficiados pelo programa e proprietários confirmaram os delitos no interior dos hotéis, relatando ainda o sumiço de pertences pessoais dos moradores, como relógios, celulares e roupas.
Após o primeiro ano de implementação do programa, a proprietária Laid dos Santos, do Hotel Laid, no Largo Coração de Jesus, tem dúvidas se fez bom negócio ao abrir mão da pensão de meninas para firmar o convênio. "Não sei se valeu a pena a troca. Mesmo fazendo esforço e tendo o pessoal da Prefeitura de retaguarda, os beneficiários são difíceis", disse. Segundo Laid, há casos de moradores que roubam lençóis para vender por R$ 0,50 a unidade em troca de pedras de crack. Leia mais em
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