Marcelo da Fonseca/Foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press
A candidata do PCO ao governo de Minas, Cleide Donária, de 43 anos, foi agredida por um homem ainda não identificado na noite do último domingo (14), quando caminhava pela Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova. Ontem, a candidata registrou boletim de ocorrência na 9ª Área Integrada de Segurança Pública e fez pedido para que a Polícia Civil busque a identificação do agressor por meio de câmeras das estações do Move próximas ao local em que ela foi atacada.
Venda Nova, onde se encontraria com companheiros de campanha, quando um homem deu um soco em sua barriga. Segundo ela, o agressor atravessou a rua quando a viu andando no canteiro central da avenida e, depois de agredi-la, gritou: “Cadê seu partidinho de m… para dissolver a PM?”. Depois que Cleide caiu no chão, o homem cuspiu em cima da candidata e ainda a xingou de “prostituta” e “negra vagabunda”. Segundo a Polícia Civil, as imagens do Move e de outros estabelecimentos próximos podem ser usadas para identificar o agressor.
“Eu estava sozinha, caminhando em direção à UPA, quando de repente ele veio em minha direção, me deu um soco na barriga e me jogou no chão. Estava muito nervoso, gritava e me xingava, atacando uma de nossas propostas. Era um homem alto e forte, que estava de camisa azul esverdeada e calça jeans”, contou Cleide na delegacia. Ela afirmou que ele chegou a colocar a mão na cintura, ameaçando tirar uma arma. “Ele estava armado. Mas eu fiquei no chão, completamente sem reação, e então ele foi embora tranquilamente. Havia outras pessoas na rua, que viram o que aconteceu, mas todos ficaram intimidados”, disse.
Na segunda-feira, Cleide pensou em desistir de sua campanha, assustada com o ataque que sofreu no meio da rua. “O susto foi muito grande e fiquei com vontade de deixar a eleição. A tristeza é grande com uma violência sem explicação como essa. Mas, conversando com companheiros, resolvi continuar participando da disputa. A campanha vinha tranquila, com debates produtivos em escolas e universidades, sempre com respeito às propostas diferentes. Não sei se alguém se sentiu ameaçado com nossas ideias, mas em uma democracia é essencial saber lidar com o pensamento de outros partidos”, avaliou a candidata.
Uma das propostas de governo do PCO para a área da segurança é dissolver a Polícia Militar, que, para a legenda, representa o braço armado do Estado e que não consegue proteger os trabalhadores. Ontem, o site da legenda divulgou uma nota repudiando a agressão sofrida pela candidata e reforçou a proposta de acabar com a Polícia Militar. A candidata do PCO ao Palácio Tiradentes é servidora pública na rede municipal de saúde e começou a militar em movimentos sociais em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 1990. Em 2008, ela se filiou à legenda e dois anos depois tentou uma vaga na Assembleia. Em 2012, voltou às urnas para disputar uma cadeira na Câmara Municipal de Belo Horizonte, mas não foi eleita. http://www.diariodepernambuco.com.br
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