As dificuldades para investigar os crimes eleitorais e o papel do cidadão na fiscalização e apresentação de denúncias concretas são questões colocadas pelo procurador-chefe do Ministério Público Eleitoral, Ruy Nestor, nesta entrevista concedida à Tribuna. Segundo ele, falta estrutura à Procuradoria Regional Eleitoral e ao Tribunal Regional Eleitoral para fazerem investigações mais apuradas. “São muitas ações de propaganda eleitoral, a maioria delas infundada, que acaba por prejudicar o trabalho mais importante da Procuradoria que é fiscalizar os crimes e ilícitos eleitorais”, diz. Nestor destaca a importância do apoio da população. “Até porque o Ministério Público não está em todos os lugares e em todos os momentos”, enfatiza. Questionado sobre o distanciamento do que é declarado nas prestações de contas, para a estrutura que os candidatos colocam nas campanhas de rua, o procurador eleitoral diz que há muito subjetivismo nisso, “porque nem o Ministério Público, nem a Justiça Eleitoral tem condições de aferir com precisão se o que está sendo declarado de gasto já efetuado corresponde ao que realmente se gastou”. E admite: “A compatibilização entre o que foi gasto ou não é algo extremamente complicado de se provar, ainda mais em um estado como a Bahia. O Ministério Público não tem como acompanhar 900 candidatos e o que eles fazem de atividade de campanha todo dia”. (Tribuna)
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