Foto: Raça Negra/Divulgação
O acidente ocorrido no começo da semana – o ônibus da banda capotou em Pernambuco, ferindo 22 pessoas – não tirou o Raça Negra da estrada. O grupo vai se apresentar neste sábado, no Chevrolet Hall em Minas Gerais. O show de Belo Horizonte será especial: transmitido ao vivo pelo canal pago Multishow, ele vai celebrar os 30 anos de carreira.
Das bandas de pagode que estouraram na década de 1990 – ou melhor, grupos de samba popular, como gostam de frisar os integrantes do Raça –, poucos ainda fazem sucesso. Boa parte acabou, enquanto outros seguem com novas formações. Não é o caso do Raça Negra. Surgido na Vila Nhocuné, na Zona Leste de São Paulo, o grupo mantém praticamente a mesma formação de 1983: Luiz Carlos (vocal), Fabinho César (pandeiro e violão), Fena (surdo), Fernando (tantan), Fininho (bateria) e Irupê (sax e flauta). Só Gabu saiu. Ele teria se desentendido com os colegas.
O repertório do show tem como base o DVD Raça Negra e amigos, gravado em janeiro do ano passado em Goiânia. Entre os sucessos está É tarde demais (“Você jogou fora a minha ilusão/ a louca paixão/ É tarde demais/ Que pena/ Que pena, amor”), lançada em 1995. O hit foi parar no Guinness, o famoso livro dos recordes, como a canção mais tocada em um único dia no planeta. Foram nada menos de 600 execuções em apenas 24 horas.
Muita gente considera o surgimento do Raça Negra como divisor de águas na história do samba cantado pelo povão, especialmente o romântico, estilo que o grupo consagrou. Na década de 1990, a banda lotava casas de espetáculos tradicionalmente voltadas para artistas da MPB, como o carioca Canecão e o paulistano Olympia. Também fez shows em países como Estados Unidos, México e Angola.
Atualmente, apesar de não aparecer com tanta frequência na mídia, o Raça continua rodando o país com agenda cheia. São cerca de 20 apresentações mensais, em média.
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