Nada de grande jogador do passado, celebridade ou autoridade para dar início à Copa do Mundo de 2014.
Este ano o maior evento do futebol dará essa oportunidade a um jovem desconhecido, paraplégico.
Ele usará um exoesqueleto controlado pela mente para dar o pontapé inicial de uma das maiores festas esportivas do mundo.
Exoesqueleto que foi desenvolvido também por um brasileiro: o cientista paulista Miguel Ângelo Laporta Nicolelis, de 52 anos.
Miguel Nicolelis lidera um grupo de pesquisadores da área de Neurociência da Universidade Duke, nos Estados Unidos, para integrar o cérebro humano com máquinas.
O objetivo das pesquisas é desenvolver próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal.
"Queremos estimular a imaginação das pessoas", diz Miguel Nicolelis, que está liderando os esforços do Projeto Caminhada Novamente Walk Again - para criar o traje robótico.
"Com vontade política suficiente e investimento, poderíamos fazer cadeiras de rodas obsoleto."
“O impossível é possível”, diz o cientista brasileiro.
Como funciona
O processo é feito através de eletrodos que enviam sinais sem fio ao exoesqueleto, cujo hardware transforma esses comandos em ações.
Um dos pontos que diferencia o projeto é o fato de o mecanismo utilizado gerar respostas táteis em seu usuário, o que torna a experiência mais semelhante ao processo de andar normalmente.
É uma espécie de roupa mecânica, que possui sensores responsáveis por detectar toques, mudanças de temperatura e forças que atuam sobre sua estrutura, que são transmitidas através de sinais visuais (exibidos em um display) e monitores vibratórios.
Chute inicial
O responsável por marcar o início da Copa do Mundo de 2014 será um paraplégico escolhido entre um grupo de jovens que atualmente passa por um processo de treinamento com o novo equipamento.
Atualmente, estão sendo usados “exoesqueletos virtuais” no processo, que serão substituídos pelo mecanismo real em questão de pouco tempo.
Assista ao vídeo onde o cientista explica como a máquina funciona (em inglês)
Com informações do TecMundo e Washington Post./Matéria sugerida por Erasmo Lucena
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